"The greatest trick the devil ever pulled was convincing the world he didn't exist." Charles Baudelaire (ou será do Verbal Kincaid, personagem do filmes Os Suspeitos?)
![]() |
Figura 1 Italian Devil, Robert Mapplethorpe, 1988 |
Um intelecto que em um certo momento conhecesse todas as forças que colocam a natureza em movimento, e todas as posições de todos os itens dos quais a natureza é composta, se esse intelecto também fosse vasto o suficiente para submeter esses dados à análise, ele abarcaria em uma única fórmula os movimentos dos maiores corpos do universo e aqueles do menor átomo; para tal intelecto nada seria incerto e o futuro, assim como o passado, poderia estar presente diante de seus olhos.
Mas se concebermos um ser cujas faculdades são tão aguçadas que ele pode seguir cada molécula em seu curso, tal ser, cujos atributos ainda são essencialmente finitos como os nossos, seria capaz de fazer o que é atualmente impossível para nós. Pois vimos que as moléculas em um recipiente cheio de ar a temperatura uniforme estão se movendo com velocidades distintas, embora a velocidade média de qualquer grande número delas, arbitrariamente selecionada, seja quase exatamente uniforme. Agora, suponhamos que tal recipiente seja dividido em duas partes, A e B, por uma divisão na qual há um pequeno orifício, e que um ser, que pode ver as moléculas individuais, abra e feche esse orifício, de modo a permitir que apenas as moléculas mais rápidas passem de A para B, e apenas as mais lentas passem de B para A. Assim, ele aumentará, sem gasto de trabalho, a temperatura de B e diminuirá a de A, em contradição com a segunda lei da termodinâmica.
Nous devons donc envisager l’état présent de l’univers, comme l’effet de son état antérieur, et comme la cause de celui qui va suivre. Une intelligence qui, pour un instant donné, connaîtrait toutes les forces dont la nature est animée, et la situation respective des êtres qui la composent, si d’ailleurs elle était assez vaste pour soumettre ces données à l’analyse, embrasserait dans la même formule les mouvemens des plus grands corps de l’univers et ceux du plus léger atome : rien ne serait incertain pour elle, et l’avenir comme le passé, serait présent à ses yeux. L’esprit humain offre, dans la perfection qu’il a su donner à l’Astronomie, une faible esquisse de cette intelligence. Ses découvertes en Mécanique et en Géométrie, jointes à celle de la pesanteur universelle, l’ont mis à portée de comprendre dans les mêmes expressions analytiques, les états passés et futurs du système du monde. En appliquant la même méthode à quelques autres objets de ses connaissances, il est parvenu à ramener à des lois générales les phénomènes observés, et à prévoir ceux que des circonstances données doivent faire éclore. Tous ces efforts dans la recherche de la vérité, tendent à le rapprocher sans cesse de l’intelligence que nous venons de concevoir, mais dont il restera toujours infiniment éloigné. Cette tendance, propre à l’espèce humaine, est ce qui la rend supérieure aux animaux ; et ses progrès en ce genre, distinguent les nations et les siècles, et font leur véritable gloire.